Jul 2012 18

O Green Day é o destaque da mais nova edição da revista Kerrang, onde eles falam sobre a trilogia Uno!, Dos! e Tré!

Confira os destaques da entrevista:

Sobre o show no Wembley Stadium para 70,000 pessoas em 2010

“O lance desse show era puramente o tamanho dele,” diz Billie Joe. “Você sobe no palco, olha pra frente e tem gente até onde não da para enxergar mais; e você tem que fazer sua música ser ouvida e sentida pelas pessoas que estão mais longe do palco. Então tem que ser grande; tudo tem que ser grande. Então você está lá tocando suas músicas, esperando que seja um bom show.”

“Wembley Stadium é diferente até mesmo dos locais onde estamos acostumados a tocar. É diferente de arenas como o Madison Square Garden, é diferente do O2 Arena. E tocamos por três horas aquela noite, e tocamos músicas que esperávamos que pessoas fossem gostar de qualquer álbum nosso que fosse seu favorito. Então estávamos tocando Going to Pasalacqua, que não é uma música escrita com um estádio em mente. E tocamos Nice Guys Finish Last, e Waiting. Estávamos tocando soltos, achando nossa vibe. E num certo momento você percebe, ‘Caralho, isso é demais! Estamos nos divertindo pra caralho.’”

Sobre o terceiro álbum ser chamado Tré

“Finalmente tenho um álbum com meu nome!,” diz Tré. “Isso não é demais?”

Trechos de músicas

‘I got an impulse so repulsive that it burns’ Stay the Night

‘someone kill the DJ, shoot the fucking DJ’ Kill the DJ

Sobre o processo da banda ao criar a trilogia

“O que queríamos fazer com esses álbuns era voltar a ser uma banda novamente,” diz o vocalista. “O que eu quero dizer é, obviamente sempre fomos uma banda, mas assim, o tipo de banda que pode simplesmente se juntar numa garagem, ligar os instrumentos e se maravilhar. Então nesse sentido, esses álbuns são nossos álbuns; eles pertencem a nós três, e tem uma grande parte de cada um de nós três em cada uma das músicas. E, para ser honesto com você, já fazia tempo que não fazíamos isso, e ouvir o resultado tem sido incrível. É tipo, ‘Sério, nós somos do caralho’.”

Você considera Uno!, Dos! e Tré! os melhores álbuns que o Green Day fez neste ponto da carreira da banda?

Billie Joe considera a pergunta, e constrói uma resposta que tanto honra a música na qual a banda colocou seu nome no passado, enquanto também emoldura a união dos três no presente.

“Eu digo o seguinte,” ele diz eventualmente. “A banda está num momento melhor agora do que em qualquer ponto desde que nos juntamos.”

Sobre o tema morte sempre aparecer em músicas do Green Day

“A morte sempre representou um grande papel nesta banda,” ele diz. “Sempre estive muito próximo de mortes, desde meu pai [que o cantor homenageou na linda Wake Me Up When September Ends] a amigos meus que cometeram suicídio. No último domingo enterrei minha tia. Morte é um dos temas constantes da vida, e isso é algo que sei há muito tempo.”

Sobre Amy Winehouse

“Performers e artistas meio que tem um buraco dentro de si mesmos que estão constantemente tentando preencher,” diz Billie Joe. “Eles tem uma vazio em suas vidas. Claro, todos preenchemos com música. Mas para algumas pessoas música não é o suficiente, ou elas não acham que é suficiente. Então elas se perdem. E algumas vezes se perdem até o fundo do poço. Mas no caso [da Amy Winehouse] você olha para o que aconteceu e pensa, ‘Que terrível, terrível desperdício’.”

“Há um mundo de diferença entre celebrar e festejar,” diz Tré. “Você está celebrando porque tem o que celebrar, ou estão festejando porque não tem nada melhor para fazer? Está perguntando, ‘Cara, que dia é hoje?’ Há uma grande diferença entre essas duas posições.”

“Na minha idade agora,” diz Mike, “Se um amigo meu, ou alguém que conheço que fosse mais novo e estivesse passando por algo que eu reconhecesse, falaria com ela a respeito. Tentaria fazer a pessoa sair dessa, e tentaria e mostraria que esse não é o caminho a ser tomado, e que é um cliché, e que não vai terminar bem. Isso é o que eu faria. Mas isso é tudo o que eu posso fazer,” ele completa, resignadamente. “Você pode conversar com as pessoas, mas não quer dizer que elas irão ouvir.”

Sobre lançar uma trilogia num período de seis meses

“Eu honestamente amo o fato de que não tenho ideia do que o futuro irá trazer,” sorri Billie Joe. “Nenhuma [banda] já tentou algo assim antes. Pode ser um grande sucesso, ou pode ser um enorme fracasso. Mas essa banda existe num estado de caos, e eu amo isso.”

Tradução: Marie Bastos



Clique nos scans para ampliar. Créditos scans: netty

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